Copa de España | Crónica de Rui da Cruz ao encontro Jaén Paraíso Interior 4-3 Inter Movistar
Jaén vs Inter Movistar
Novamente glória para o Jaén Paraíso que nunca desistiu mesmo encontrando-se a perder por 3-1, realizando mais uma remontada, empatado a três golos no tempo regular e a desfazer a igualdade na segunda parte do tempo complementar, a um escasso minuto para o fim, escreveu assim na sua história mais uma página de ouro, a sua segunda Copa e esta em Madrid, naquela que foi o maior evento de sempre nesta competição.
12.632 foi a assistência presente no WinZink, novo record numa final da Copa.
Defrontavam-se os dois últimos vencedores da competição.
Jaén jogou a sua segunda final, a única que tinha disputado venceu.
O Inter disputou a sua décima quinta final da Copa de Espanha, e a sua terceira consecutiva, onde já a levantou por dez ocasiões; 1990, 1996, 2001, 2004, 2005, 2007, 2009, 2014, 2016, 2017.
O jogo esse mostrava-nos duas equipas muito idênticas, nas ideias e filosofia de jogo mas com argumentos diferentes, com um sistema de jogo ofensivo em que alternam muito bem o 4/0, 3/1, e o 3/1 com o falso pivot a cair em banda, ambas a valorizam e muito a posse de bola, no jogo defensivo com marcações sobretudo à zona.
Primeiro sinal de perigo a pertencer ao Jaen por Bingyoba, à passagem do 5`, ao poste mais distante num remate lateralizado, de pronto resposta do Inter por Bebe.
Jogo muito repartido em quase tudo, oportunidades, posse de bola, remates, apenas mais faltas para o Jaén isto quando se atingia o equador.
Agitou-se o público novamente primeiro num livre de Carlitos, a acertar no poste, mas na sequência da jogada resposta por Bebe que tentou desde a seu meia pista surpreender o adiantado DÍdac, desviado somente em cima da linha de golo.
Inter na frente após uma finalização de Gadeia aos 12`, a fazer o primeiro da final.
5 faltas para ambas as equipas com 6:48 para terminar a primeira metade.
Time out Jaén 5:56, que nada de novo trouxe para a partida.
Sem ser um grande jogo em termos de intensidade e de emoção, mas sem faltar entrega e disputa em todos os lances como se fosse o último, sobressaíram muito mais os aspetos táticos.
Vitória mínima de Movistar Inter graças a um tiro certeiro de Gadeia. Pouco mais se viu.
Ao Jaén hoje faltava-lhe alguma coisa mais para "dominar" a partida. Por enquanto, Dani Rodriguez impunha o seu "estilo", ou seja, o de levar o resultado (em caso de lhe não ser desfavorável) negativo, mas curto até aos últimos instantes, independentemente do palco ser a final da Copa.
Ia ser jogo até ao último segundo, empate do Jaén por Maurício aos 24`, de bola parada após insistência, a tabelar ainda em Jesus Herrero antes de entrar.
Magia de Ricardinho a aparecer, que num ápice tirou 2 chapéus... um serviu e fez o desempate (2-1) aos 27´ sem que antes ainda a empurrasse para confirmar, e o outro vindo das bancadas que serviu de adereço para comemorar aquele que seria o tónico para o que vinha no minuto seguinte.
Elisandro a marcar e a ampliar a vantagem para 3-1.
Dani a pedir o seu time out mas foi o Inter que continuou a evoluir com muito mais qualidade e perigo sobre a pista azul.
Eis que a tensão disparou num ápice e subiu a todos os níveis, entravamos na parte crucial das partidas e esta tinha que se decidir nos próximos momentos.
Grandes paradas de Jesus à passagem do minuto 35, foram duas, mas à terceira já nada conseguiu fazer perante a recarga de Dani Martin ao primeiro remate de Carlitos.
Tivemos "partidazo" para os últimos instantes, como falam os "nuestros hermanos".
E no segundo ataque do Jaén de 5 para 4 Dani Martín a empatar, tudo igual se na primeira tinha havido falta de emoção, nesta segunda foi de sobra.
Empate no tempo regulamentar, seguiu-se o prolongamento de 2 partes de 3 minutos cada. Estavam em faltas 5 para o Jaén 4 para o Inter.
Empate na primeira parte do prolongamento. Ambas as equipas com 5 faltas.
Inter ambicioso a arriscar no 5 para 4 e o Jaén a marcar por Chino, a aproveitar o erro na construção ofensiva do Inter e a atirar a mais de 30 metros para a baliza deserta, era a explosão "amarilla"...
Vitória merecida mais uma vez pelo querer e de nunca desistir, mas também pela muita qualidade tática, técnica e física (onde foi submetida a três dias seguidos a uma altíssima intensidade).
Assim se fez a festa em 4 dias com 7 jogos...
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