“Respeito por Marega. Respeito pelo futebol”. Não ao Racismo



Moussa Marega, avançado do FC Porto, abandonou o campo durante a partida contra o V. Guimarães. Ouviu insultos desde o aquecimento e ao longo de todo o jogo vindos das bancadas do Estádio D. Afonso Henriques, mas a situação escalou quando marcou o 1-2 que daria a vitória aos “dragões".

Depois de marcar o 100.º golo da sua carreira, os festejos de Marega levaram-no até próximo da bancada. Como resposta, recebeu cadeiras. Pegou numa delas e colocou-a na cabeça – algo que lhe valeu o amarelo da parte do árbitro Luís Godinho. O jogo prosseguiu, mas os assobios e os insultos não cessaram, e aconteciam sempre que Marega tocava na bola. Expressões como “macaco”, “chimpanzé”, “preto” e sons que se assemelhavam aos de macacos ecoaram no estádio vimaranense.

Numa publicação no Instagram, o avançado maliano justificou a sua decisão: “Gostaria apenas de dizer a esses idiotas que vêm ao estádio fazer gritos racistas... Vá se foder”, escreveu. Marega criticou também o árbitro pela passividade, apesar de a FIFA punir claramente o racismo dentro de linhas e os árbitros poderem interromper jogos devido a incidentes racistas: “Agradeço aos árbitros por não me defenderem e por me terem dado um cartão amarelo porque defendo minha cor da pele.”

No rescaldo do jogo, o avançado recebeu o apoio de Sérgio Conceição, que se mostrou “indignado” e classificou o comportamento dos adeptos durante o jogo como “lamentável”. “Sei bem da paixão que existe aqui em Guimarães pelo clube, mas sei que a maior parte dos adeptos não se revê naquilo que sucedeu com um pequeno grupo de adeptos a insultar o Marega desde o aquecimento”, avaliou, em declarações à Sport Tv. “Nós somos uma família, independentemente da nacionalidade, altura, cor do cabelo, cor da pele.”

Da parte das mais altas instâncias políticas portuguesas, a condenação face ao incidente racista foi quase imediata. Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que a “constituição da República Portuguesa é muito clara na condenação do racismo, assim como de outras formas de xenofobia e discriminação”, em declarações à agência Lusa.

Da parte do Governo, uma promessa: os responsáveis serão punidos. As garantias são dadas pelo secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo: “A Autoridade para Prevenção e o Combate à Violência no Desporto está desde já a trabalhar em articulação com as autoridades policiais e desportivas no sentido de identificar e punir exemplarmente os responsáveis deste triste episódio que enche de vergonha todos quantos lutam por uma sociedade mais tolerante.” “Todos os agentes desportivos e, em particular, os seus dirigentes além do repúdio têm de actuar de forma a que isto não se repita”, frisou João Paulo Rebelo.

A Zona Técnica Futsal Portugal mostra-se solidária com o avançado Maliano do FC Porto. Não ao racismo.


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