NA QUARTA JORNADA, NUMA REPOSIÇÃO LATERAL, BRÁS DECIDIU PERTO DO FINAL



Trazemos hoje a Figura da Jornada 4 deste Campeonato Nacional, jornada essa onde só foram disputados 5 dos 8 jogos previstos.

Começamos pelo norte, onde apenas se realizaram dois encontros, visto que os jogos entre Águias de Santa Marta e Nun’Álvares, bem como entre o Póvoa Futsal e GD Chaves foram adiados, o primeiro por casos de Covid-19 o plantel de Fafe, o segundo porque o conjunto poveiro não terá conseguido pavilhão para realizar o encontro (segundo as informações oficiosas que nos chegaram).

Assim sendo tivemos apenas dois encontros, sendo talvez a cabeça de cartaz desta jornada o jogo entre o Novasemente e o Vermoim. Em Espinho, o conjunto de Vila Nova de Famalicão levou a melhor com uma vitória por 0-1. O único tento foi marcado pela experiente internacional portuguesa Patrícia Magalhães logo aos 6 minutos, mostrando depois o Vermoim uma bela capacidade defensiva.

No outro jogo disputado, o Lusitânia de Lourosa recebeu o Santa Luzia e acabou por sair goleado em sua casa por uns expressivos 0-11. Pisko e Mara bisaram, mas a segunda acabou por sair lesionada do encontro, enquanto Carina, Sofia Ferreira, Bruninha, Sara, Dani e Maria marcaram os restantes tentos do encontro.

Falamos agora então da Zona Sul, onde encontramos a Figura da Jornada e onde também dos 4 jogos, apenas um não se disputou. Neste caso foi o jogo entre a Quinta dos Lombos e o Benfica, devido a um caso positivo de covid-19 no clube de Cascais.

O Sporting recebeu e venceu o Venda da Luísa por 7-1, conseguindo assim a primeira vitória nesta temporada em jogos oficiais. Apenas a jovem Carolina Pedreira bisou no encontro, com os restantes golos do Sporting a serem da autoria de Ana Alves, Cláudia Dias, Débora Venâncio, Sara Tavares e Lima. Já para o Venda da Luísa, agora única equipa sem pontuar a Sul, foi a capitã Vera Tinoco a marcar um belíssimo e único golo.

Quem também venceu foi o Povoense que e juntou assim à Quinta dos Lombos na liderança desta Zona Sul. O conjunto da Póvoa de Santa Iria venceu por 6-3 na receção ao Golpilheira, com golos de Carapau, Jéssica Cordeiro, Inês Neto, Margarida Dias, Beatriz Carrola e ainda um auto-golo de Ema Toscano. Já para as visitantes, marcou Carolina Ribeiro e Alexandra Nunes conseguiu mesmo um bis.

Chegamos então ao jogo da Figura da Jornada, o Leões de Porto Salvo – Arneiros. Um jogo que se previa equilibrado e assim foi, e se na primeira parte houve um ligeiro ascendente das visitantes, a segunda parte foi mesmo marcada pelo equilíbrio, mas houve um nome que sobressaiu dos restantes. Cláudia Santos, mais conhecida no mundo do futsal por Brás, foi bastante importante nas tarefas defensivas e aos 37 minutos, numa jogada estudada, acabou por fazer mesmo o golo decisivo do encontro.

A experiente jogadora, internacional portuguesa em 4 ocasiões, esteve então à conversa com a Zona Técnica, respondendo às habituais questões desta nossa crónica, entrevista essa que deixamos de seguida, não sem antes agradecer à jogadora pela disponibilidade mostrada:

 

Zona Técnica (ZT): Depois duma derrota na estreia, entravam neste jogo a saber que novo desaire podia complicar as contas, mesmo só com duas jornadas disputadas. Sentiste que a equipa levou essa pressão para o jogo?

Claúdia Santos (CS): Não, estávamos tranquilas e cientes daquilo que tínhamos de fazer taticamente dentro de campo. A derrota com os Lombos serviu como aprendizagem para não repetirmos determinados erros. O primeiro jogo sim, é sempre aquele que custa mais e se semente mais esse tipo de “pressão” inicial, até porque no nosso caso já existia alguma ansiedade competitiva, visto que as duas primeiras jornadas foram adiadas e nenhuma atleta gota de treinar sem competição à vista.

 

ZT: Tiveram um jogo sempre muito equilibrado, que podia ter caído para qualquer um dos lados e onde acabaste por te destacar pela confiança que davas nos momentos defensivos, e depois pelo golo decisivo. O que sentiste quando o árbitro apitou para o final da partida?

CS: Uma sensação de dever cumprido. Acho que fomos superiores na primeira parte, onde podíamos e devíamos ter feito o golo, mas o jogo é mesmo assim e foi ao cair do pano que o golo apareceu felizmente.

 

ZT: Depois duma excelente temporada em 2019/20, conseguiram manter a base da equipa e reforçar ainda com nomes interessantes. O que achas que podemos esperar do Arneiros esta temporada?

CS: O Arneiros é uma equipa competitiva, que vai jogar olhos nos olhos com qualquer equipa, não vamos ser uma equipa de “estacionar o autocarro” lá atrás e tentar não perder por muitos ou empatar. Não é essa a essência do futsal como jogo dinâmico que é, pelo menos na minha opinião.

Queremos uma excelente temporada 2020/21 agora. Acima de tudo, e com esta situação que vivemos, espero que consigamos cumprir o calendário desportivo até ao fim e que haja respeito por parte dos órgãos máximos pelos clubes e pelas jogadoras.

 

ZT: Aos 31 anos, depois de vários anos ao maior nível, com 4 internacionalizações, uma pausa, lesões, passagem pelo futebol e um regresso ao futsal pela mão do Arneiros, até onde poderá chegar esta Brás? Que planos tens a curto e longo prazo no que ao futsal diz respeito?

CS: Neste momento estou focada nesta temporada, no final logo se vê. Sinto-me bem fisicamente e espero não ter nenhuma lesão no decorrer da época. A título individual espero fazer uma época de bom nível e com regularidade. É importante manter a atitude e maturidade competitiva no máximo se quero resultados consistentes.

 


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