Pany: "Sabemos o que queremos"
O ala luso quer “qualidade e organização” para contrariar “adversário motivado”, revelou ao FPF.PT
A Seleção Nacional de futsal cumpre esta terça-feira o segundo dia de treinos tendo em vista o arranque da qualificação para o Campeonato da Europa Países Baixos 2022.
A Equipa das Quinas joga diante da Polónia no dia 29 de janeiro, pelas 20h15, no Pavilhão do Parque Desportivo de Mafra e tem nova partida diante dos polacos agendada para o dia 3 de fevereiro, pelas 15h00 (16h00 locais), em Lodz, na Atlas Arena.
Após o treino da manhã no Pavilhão dos Leões de Porto Salvo, Pany deu conta de como estão a decorrer os trabalhos ao fim de três sessões de trabalho.
“Está a ser positivo. Já tínhamos saudades de estarmos todos juntos. Sabemos a responsabilidade que temos. Existe um bom ambiente, mas também uma grande concentração pois estamos aqui todos juntos com um propósito.”
O último jogo da Seleção foi a contar para o apuramento do Mundial, em fevereiro de 2020, e o próximo encontro volta a ser de qualificação, desta feita para um Europeu.
O ala que soma 47 internacionalizações considera que é muito tempo sem competir pela Seleção, mas que todos estão adaptar-se bem e a prepararem-se da melhor forma.
“Infelizmente os tempos não têm sido fáceis, mas nós todos estamos adaptarmo-nos bem. Vamos preparar-nos até ao mínimo detalhe, pois sabemos da dificuldade que vamos encontrar. É neste tipo de jogos que nós, os atletas e a Seleção Portuguesa, gostamos.”
Em relação ao adversário espera uma equipa organizada e com objetivo de fazer frente a Portugal, que é o atual detentor do troféu.
“Por aquilo que temos visto, a Polónia é uma equipa que gosta de jogar, organizada e que também parte com o objetivo de estar presente no próximo Europeu. Logo, por isso, vão criar-nos uma dificuldade extra. Vão jogar contra o atual campeão da Europa e a motivação da parte deles, certamente, será grande e nós vamos ter de contrariá-los com a toda a qualidade que a nossa Seleção tem e com a nossa organização.”
Num modelo diferente, com jogos em casa e fora, ao contrário das qualificações anteriores (discutidas em três jogos), Pany diz gostar desta alteração.
“Pessoalmente gosto deste modelo competitivo. Aproximamo-nos da forma como são disputadas as qualificações no futebol e acho que desta forma o apuramento acaba por ser mais competitivo. Temos jogos com mais distanciamento temporal, o que nos permite ter mais tempo para nos prepararmos.”
Depois destes jogos com a Polónia, seguem-se duas partidas com a República Checa em março e dois encontros com a Noruega no mês de abril. Questionado sobre qual poderá ser o momento-chave da qualificação, Pany não tem dúvidas que o grande desafio é o próximo jogo.
“É errado pensar que a qualificação vai ficar decidida aqui ou ali, quando vamos disputar um primeiro jogo de um apuramento. É nesse jogo com a Polónia, na sexta-feira, que temos de nos focar. Temos de vencer e conquistar os primeiros três pontos. Depois desse jogo em que vamos fazer de tudo para vencer, vamos preparar-nos para o jogo na Polónia. Com os seis pontos conquistados nesta jornada dupla é que podemos começar a pensar nos outros adversários. Seria um erro começar com a calculadora na mão. Sabemos o que queremos, onde queremos estar e o que temos de fazer para lá chegar. Este é o momento de preparar o jogo com a Polónia. Depois iremos descansar, rever tudo o que fizemos de bem e de menos bem para então sim preparar o segundo jogo. É dessa forma que temos de pensar. Com o tempo, a equipa técnica irá preparar os jogos diante do próximo adversário.”
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