Capitão da seleção brasileira, Rodrigo, diz que gestão da CBF muda o rumo do futsal: "Pelo jeito, agora vai"
Um dos principais articuladores de mudança no controlo da seleção de futsal, fixo campeão do mundo em 2012 está animado: "Esperamos uma estrutura melhor"
Às portas do Mundial de futsal - programado para ser disputado em setembro, na Lituânia -, a seleção brasileira terá uma mudança significativa fora de quadra. Desde a última quarta-feira, a gestão das seleções masculina e feminina é feita pela CBF, que assume o posto da Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS).
Em crise financeira e com dificuldades para conseguir novos patrocinadores e até mesmo para bancar particulares, viagens e deslocamento dos jogadores, a CBFS concordou em abrir mão da gestão da seleção brasileira, que agora terá a CBF como interlocutora com a Conmebol e a Fifa.
A mudança, porém, restringe-se à gestão das seleções masculina e feminina. Os campeonatos continuarão sendo controlados pela CBFS, que seguirá com a autonomia financeira e jurídica sobre o futsal. Em 2017, a CBF chegou a fazer uma cogestão do futsal com uma empresa de marketing, mas a parceria durou menos de seis meses.
Capitão da seleção brasileira e um dos principais jogadores de futsal do mundo na atualidade, o fixo Rodrigo avaliou positivamente a mudança. O jogador foi um dos articuladores nas negociações envolvendo as entidades.
– Pelo jeito agora vai, né? A seleção será comandada pela CBF novamente, a gente sabe da crise que vivia a CBFS. O presidente Madeira pegou um barco muito difícil, largado que estava. A CBF tomando conta de novo, pelo menos estruturalmente, as coisas vão melhorar muito. Passagens, hospedagem, quadra e todas as coisas – disse Rodrigo.
É um marco muito importante no futsal, o esporte muda e a gente espera que a mudança seja para todos. O futsal está feliz, é um dia feliz para o esporte
— Rodrigo Hardy
As principais mudanças devem acontecer fora de quadra. O custo do deslocamento dos jogadores, a estadia em hotéis melhores e a logística para a disputa de particulares e competições serão padronizados pela CBF. Dentro de quadra, a mudança mais significativa será no equipamento, que será do mesmo fornecedor do futebol.
– É o mínimo que a gente espera, como é no campo. Quando vamos para uma seleção brasileira, esperamos o melhor. É uma responsabilidade muito grande, é um prêmio na vida do cara. Então esperamos uma estrutura melhor para treinos, para o Marquinhos trabalhar para a gente chegar com condições de sermos campeões do mundo. Em uma conversa que tive com o Caboclo falei que queria ser campeão do mundo e precisava de estrutura. Ele disse que gente teria e é o mínimo que esperamos – disse o capitão da seleção brasileira.
Programado para ser disputado no ano passado, o Mundial de futsal acabou sendo adiado pela Fifa em virtude da pandemia de Covid-19. A competição foi remarcada e está prevista para ser disputada em setembro, na Lituânia.
Maior campeão da Copa do Mundo de futsal (1982, 1985, 1989, 1992, 1996, 2008 e 2012), o Brasil amargou a pior participação em 2016, quando acabou eliminado pelo Irão nos oitavos de final, no jogo que marcou a despedida oficial de Falcão da competição. O resultado foi reflexo direto nos bastidores turbulentos vividos pelo futsal na época.
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