À terceira jornada, o poker de Willian Carioca

Já vamos na terceira jornada na Liga Placard e juntamos, a ela, três clubes absolutamente invictos no topo da tabela classificativa: Sporting, Fundão e Quinta dos Lombos. Vamos, então, a mais um resumo da jornada, que desta vez decorreu a meio da semana.

Sporting – Portimonense: Vitória chegou tranquila

O primeiro jogo do dia foi o duelo entre leões e albinegros. Como segundo – e último castigo – o encontro decorreu no Pavilhão dos Leões de Porto Salvo e acabou em 4-1 para o Sporting. Ainda que com dificuldades em desbloquear e na eficácia, sem o goleador Cavinato por castigo, foi Guitta a assumir essa posição. Pelos 15 minutos, o guardião dos verdes e brancos subiu na quadra e o lance só terminou depois do disparo para o primeiro golo.

O Sporting dominou o encontro, sendo que os seus maiores adversários foram os dois guarda-redes que foram a jogo: John Welton e Gutta. Os golos leoninos foram marcados por Guitta (15’), Caio Ruiz (19’), João Matos (24’) e Pany Varela (39’), sendo que o tento de honra dos homens de Portimão foi assinalado por Wendell (40’), já ao cair do pano. Com esse golo, o Sporting sofreu pela primeira vez nesta edição da Liga Placard.

Futsal Azeméis – Eléctrico: A lei do ex voltou a atacar

Depois de uma vitória categórica na jornada anterior, o Eléctrico foi até Oliveira de Azeméis onde acabou derrotador, por 2-1, pelos homens da casa. Desta forma, o Futsal Azeméis garantiu a sua segunda vitória consecutiva esta época.

A formação de Ricardo Canavarro abriu o marcador, apenas pelos 17 minutos, pelo pé de Alan Gitahy. Rapidamente, a turma de Ponte de Sôr reagiu e Célio Coque (20’) fez o golo do empate. O tento da vitória surgiu apenas aos 28 minutos, com Costelinha a marcar – ele que, na época passada, defendia as cores da equipa de Ponte de Sôr. Esta foi a primeira derrota do Eléctrico em 2021/2022.

Benfica – Braga: Venceu quem melhor aproveitou os erros

O Benfica voltou esta jornada às vitórias depois do desaire em Ponte de Sôr. As águias superiorizaram-se ao Braga, vencendo por 3-1, em casa. Apesar a vantagem de dois golos, o encontro ficou marcado pelo equilíbrio e pequenos detalhes que foram sendo fulcrais para que o Benfica saísse vitorioso: foi a formação que melhor aproveitou os erros do adversário que acabou por ficar com os três pontos.

Do lado dos encarnados, marcaram Robinho (5’), Jacaré (19’) e Chishkala (36’), enquanto do lado da formação minhota, o golo de honra foi assinalado por Sérgio Costa (23’). Recorde-se que esta é já a segunda derrota dos bracarenses em apenas três jornadas.

Candoso – Fundão: Conquista suada

Três em três. Saldo mais que positivo para o Fundão nesta Liga Placard. Esta quarta-feira, os fundanenses foram até Guimarães, onde venceram o Candoso por 3-2. A turma de Nuno Couto entrou com unhas e dentes, aparentando ter todo o controlo da partida, o que acabou por não acontecer e suou bastante para garantir a vitória.

Os golos do Fundão foram assinalados por Iury Bahia (7’), Thalles (8’) e Felipe Leite (39’), enquanto os tentos do Candoso foram marcados por Amílcar Gomes (16’) e Thales Feitosa (34’).

Torreense – Leões de Porto Salvo: Mais três pontos na raça

O recém-promovido Torreense arrecadou mais três pontos em casa, ao vencer os Leões de Porto Salvo, por 1-0, depois de um encontro com muitas oportunidades de golo. Por sua vez, os comandados de Ricardo Lobão continuam sem pontos em três jogos, colocando-se numa posição cada vez menos positiva e precisarem de reagir.

O único golo do encontro foi marcado por Rafa Félix, pelos 30 minutos, num jogo com muitas bolas ao poste e grandes exibições dos guarda-redes de cada lado. Foram cinco bolas nos ferros para a equipa de Cascais e ainda uma grande penalidade desperdiçada, tudo isto acabou por ditar a terceira derrota consecutiva.

Nun’Álvares – Modicus: Primeiros golos e primeiros pontos

O Modicus conseguiu, esta jornada, somar os primeiros pontos na Liga Placard. A equipa de Sandim foi até Fafe, onde venceu o Nun’Álvares por 3-1. Recorde-se que, antes desta jornada, as duas equipas ainda não tinham sequer marcado qualquer golo no campeonato. O Nun’Álvares, por sua vez, continua sem somar qualquer ponto.

Os homens da casa ainda entraram a vencer, com um golo de Caio Santos (4’) a abrir o marcador, mas rapidamente Fábio Lima repôs a igualdade (10’). Na segunda parte, o Nun’Álvares apostou no 5 para 4 e o Modicus aproveitou para dar tudo, acabando por marcar mais dois golos e garantir a vitória: Uesler (31’) e Márcio Moreira (40’).

Quinta dos Lombos – Viseu 2001: Jogo de loucos

O jogo de maior destaque da terceira jornada foi mesmo a vitória, por 5-4, do Quinta dos Lombos sobre o Viseu. O encontro ficou marcado, sobretudo, por um final frenético em que a justiça se restabeleceu no último lance, uma vez que os homens de Carcavelos acabaram por fazer mais pela vitória durante todo o encontro.

Apenas a cinco segundos do apito final é que os Lombos garantiram a vitória, com Willian Carioca a marcar o golo que daria os três pontos e, ainda, o poker na conta pessoal. Além dos quatro tentos do brasileiro (6’, 26’, 27’ e 40’), Henrique Vicente também fez o gosto ao pé (9’). No Viseu, destaque também para o hat-trick de Rafa Stocker (23’, 29’ e 36’) e para o golo de Lukinhas (39’) – este último que parecia garantir o empate.

É fácil chegar-se à conclusão de que, com um poker, Willian Carioca é a nossa Figura da Jornada nesta terceira ronda do campeonato. Ainda no início da sua caminhada pela equipa de Carcavelos, o brasileiro falou no coletivo nesta entrevista à Zona Técnica.

“Cada jogo é uma final para podermos chegar onde queremos”

- Willian Carioca, jogador da Quinta dos Lombos e Figura da Jornada

Zona Técnica (ZT): À terceira jornada, um poker que garantiu a vitória num jogo de loucos. O que sentiste do momento em que marcaste o golo que deu a conquista?

Willian Carioca (WC): Cada golo é sempre muito importante e nas circunstâncias do jogo, mesmo um golo a 5 segundos do fim não deu a sensação de ser o golo da vitória, após o apito final o alívio aquela coisa de dever cumprido. E claro um poker que deixa qualquer um muito feliz.

ZT: Depois do jogo, como olhas para a tua exibição?

WC: Exibição muito boa da equipa, que consequentemente fez com que eu também fosse bem na partida.

ZT: Agora já com três jogos pelos Lombos, contas-nos como tem corrido a tua adaptação?

WC: Adaptação muito boa e rápida. Grupo muito bom tanto os que chegaram e os que são remanescentes nos receberam de braços abertos.

ZT: Quais as tuas ambições a nível pessoal para esta época?

WC: A nível pessoal é uma coisa que flui conforme o time evolui, o coletivo indo bem o individual evolui junto.

ZT: A equipa precisou de mudar algumas coisas da última temporada para esta, de que maneira achas que vão conseguir atingir os seus objetivos?

WC: Com muito trabalho e humildade, sabendo que cada jogo é uma final para podermos chegar onde queremos.

ZT: Achas que a Liga Placard está cada vez mais competitiva?

WC: Com toda certeza, está cada vez mais competitiva, evolução muito grande que vejo desde que cheguei a Portugal em 2017.

Texto e entrevista por: Maria Pinto Jorge