Nuno Dias garante que não considera que os ‘leões’ sejam favoritos e lamenta ainda a forma como o clube tem vindo a ser tratado pelas arbitragens



O treinador do Sporting, Nuno Dias, considerou hoje que a sua equipa não parte como favorita para a final four da Liga dos Campeões de futsal, até porque vai defrontar o bicampeão Palma Futsal nas meias-finais.

Na véspera da partida para Le Mans, em França, onde se disputa de sexta-feira a domingo, a fase final da ‘Champions’, Nuno Dias garante que não considera que os ‘leões’ sejam favoritos, recordando que já perderam este ano com o Kairat Almaty, possível adversário na final, e que também já foram derrotados pelo Palma Futsal.

“Não entendo onde é que vocês vão buscar ideia de o Sporting ser favorito. O Sporting tem as chances que os outros também têm, numa final four que vai ser equilibrada e difícil, mas, favoritismo ao Sporting, não entendo onde é que encontraram razões para dizer isso”, assumiu.

Para se qualificar para a final, Nuno Dias considera que “é preciso muitas coisas”, em primeiro lugar fazer uma boa preparação e conhecer “as características do adversário”, em “pode haver uma ou outra fragilidade”.

“Obviamente, por mais que a gente conheça e por mais que a gente faça as coisas bem feitas, a qualidade individual tem que aparecer e, sem essa inspiração, é impossível”, referiu.

Nuno Dias assegura que “o Palma é uma equipa com três jogadores para cada posição, com muita qualidade”, mas que a lesão recente de Piqueras, um fixo de marcação, pode ser benéfica e que quer fazer “o aproveitamento ao máximo dos pivôs”.

“Essa poderá ser uma situação a explorar, mas o Palma tem neste momento, com a agressividade que está a colocar no jogo, com o roubo e transição que estão a colocar, com o jogo de pivô também, com muita qualidade que estão a ter, não estão aqui a acontecer muitas coisas negativas para nós aproveitarmos”, reconheceu.

Nuno Dias ainda não esqueceu a derrota na final de 2022/23, quando perdeu nos penáltis frente ao conjunto insular, depois de “um erro do árbitro”, que invalidou um golo a Sokolov, que seria o 2-1 a quatro minutos do fim, acabando depois o Palma por vencer nos desempate por grandes penalidades.

“Eu quero só ganhar, mas lembro-me de que essa final, de alguma forma, nos foi tirada. [...] Não se trata de olharmos para isso como nos queremos vingar, mas é óbvio que é sempre aquele resultado que nos daria a terceira ‘Champions’ e que há de estar sempre no nosso pensamento, pela forma como aconteceu, pela forma como sinto que nos tiraram esse troféu, mas não há aqui nenhuma vingança. Há um querer ganhar, independentemente disso que tenha acontecido ou não”, assegurou.

Para Nuno Dias, as duas Ligas dos Campeões ganhas pelo Sporting foram “especiais”, em 2019 porque foi a primeira e eliminaram o campeão europeu Inter Movistar, antes de defrontar o Kairat Almaty, a jogar em casa, perante 12.500 espetadores.

“Depois vem uma Champions também em 2021, sem público, em que há um corte extraordinário do orçamento, e em que é lançada pela primeira vez a esta ribalta, jogadores como o Zicky, como o Tomás [Paçó], ou seja, um plantel que sofreu muitas alterações, e que nesse ano ganha todas as competições que havia para ganhar”, disse.

A deste ano seria “também especial, obviamente”, por tudo o que sofreu esta temporada, com muitas lesões, apesar de já terem conquistado dois troféus, lamentando ainda a forma como o clube tem vindo a ser tratado pelas arbitragens, com a expulsão de Zicky Té no último jogo a ser o derradeiro capítulo.

“Eu sinto, os jogadores sentem, que o Sporting está a ganhar há muito tempo, e que provavelmente muita gente não está a gostar, muitos intervenientes não estão a gostar, e estão a acontecer coisas muito estranhas, e até a forma como lidam connosco no banco, eu sinto que a forma como lidam comigo no banco é ridícula, é inacreditável, a forma como se comportam, como reagem a qualquer coisa que eu digo, eu olho para os outros jogos e não vejo isso dessa forma”, referiu.

Apesar de tudo, Nuno Dias assumiu os seus erros na estratégia para o encontro com o Eléctrico, pedindo apenas que todos os intervenientes o façam também, porque “há sempre algo a dizer, para tentar justificar aquilo que estão a fazer”.

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