Antevisão do Jogo 2 da final da Liga Placard, por António Aires

FINAL – JOGO 2

Estão em alta as expectativas para o “Futsal Dream – Momento da Verdade – parte II. Na primeira partida, o jogo foi pautado por equilíbrio com a decisão final a ser encontrada através da marcação das grandes penalidades. De forma a manter as equipas “frescas”, o mais tempo possível à medida que o cronómetro suprimia minutos, a rotatividade que ocorria nos bancos, onde em largos momentos existiu encaixes defensivos, e percebia-se isso nas substituições que iam acontecendo, foi perdendo primazia, em detrimento da frescura por opções de garantia em vencer. Notou-se preocupação sempre que temos um livre direto na zona da área, proceder a mexidas nas peças, de forma ter êxito no capítulo da finalização. O jogo continua, na minha opinião, com uma alta “fisicalidade agressiva” nos duelos 1x1 sobretudo na situação específica de fixo versus pivô. Jogadores e treinadores terão que mergulhar no critério estabelecido pela equipa de arbitragem, não podendo querer “sol na eira e chuva no nabal”, ao mesmo tempo. Antigamente existia uma crítica que se apitava por tudo e por nada, hoje quiçá passamos do 8 para o 80? Terão que as partes sentarem-se antes do começo da próxima época desportiva, e num diálogo aberto e franco, partilharem ideias e construírem um caminho comum a ser percorrido. Haverá falhas certamente na tomada de algumas decisões, como há por parte dos técnicos e dos jogadores no decorrer da partida. Exige-se competência a todos os “atores” ocupando cada um a sua função. E se achamos que o VS é uma boa ferramenta, seja usada como referi anteriormente, de forma inteligente e assertiva. O jogo no pavilhão Fidelidade vai ter emoção e tensão. Curiosamente o jogo 1 teve poucos duelos individuais nos corredores laterais. É verdade que alguns golos nascem da iniciativa e criatividade dos jogadores. Os dois primeiros golos no João Rocha nasceram de ligações efectuadas com o pivô, com este a assistir: Jacare-Andre Coelho, Zicky-Wesley. E neste aspecto Taynam e Zicky colaboraram em dois momentos de sucesso. Taynam, que cumpre um ciclo de amarelos, será baixa nas hostes verdes e brancas para o segundo jogo. Por sua vez, assistimos no Benfica, em que os construtores Silvestre e Carlinhos, produzem com êxito uma ação individual que termina com golo. Na verdade, cada milímetro seja no capítulo ofensivo e defensivo, exige labuta para ser conquistado. O momento da perca de bola e a reacção à mesma revelou-se importante. Qualquer distracção potencializa o êxito do adversário. Em jogos para o campeonato, no tempo regular dos 40 minutos, nenhuma equipa venceu! Aqui se vislumbra, mais uma vez, o equilíbrio que advém no confronto entre estes dois conjuntos. Curioso foi assistir no primeiro jogo, em alguns minutos do mesmo, os dois técnicos a optarem por jogar em 4.0, simultaneamente. Foi planeamento estratégico ou momento de adaptação, na leitura do jogo feita, pelos dois treinadores? Os esquemas tácticos têm apresentado variáveis novas, será um aspecto a terem atenção para este jogo 2. De igual modo a subida do guarda-redes nas construções ofensivas teve menos preponderância e visibilidade, daquilo que é habitual, o que despoletou a que assistíssemos a jogo direto guarda-redes-pivô.

Pegando em dados estatísticos, que valem o que valem, diz-nos a história, que até ao momento, para todas as competições, o dérbi dos dérbis Sporting x Benfica defrontaram-se por 145 vezes. Em casa da águia, realizaram-se 56 partidas, os encarnados venceram 23 vezes, perderam 20 e empataram 13.

Qual será o desfecho desta 2ª partida? Quem irá disferir o ultimo golpe? Nos laboratórios Miyagi de Alvalade e da Luz, os mestres Nuno Dias e Cassiano Klein preparam os seus “combatentes” para o momento da verdade.

Salte a bola.

Viva, o futsal