Nuno Dias: “Pagámos caro os nossos erros defensivos”

O treinador do Sporting, Nuno Dias, reagiu com lucidez e sentido crítico à derrota por 7-5 frente ao Benfica, após prolongamento, no quarto jogo da final do campeonato nacional de futsal. O desaire igualou a série (2-2), adiando a decisão do título para a “negra”, marcada para domingo no Pavilhão João Rocha.
“Se queremos ser campeões, temos de corrigir os erros”
“O que conta e fica é o resultado final. O Benfica venceu no prolongamento e empata esta final. Falta uma vitória às duas equipas. É descansar e analisar.”
Nuno Dias assumiu que a equipa cometeu falhas pouco comuns, com impacto direto no desfecho do jogo:
“Acho que cometemos alguns erros defensivos, que normalmente não costumamos cometer, e vamos com o sentimento de que os pagámos demasiado caro. Se queremos ser campeões, temos de os corrigir.”
Notas sobre o critério disciplinar e a intensidade dos duelos
Em tom firme, o treinador leonino apontou diferenças na forma como os duelos físicos são avaliados entre as duas equipas:
“Acho que o Benfica pode muito bem explorar o pivô mais vezes, pela forma leal como os nossos fixos disputam os duelos. Se acontecesse o mesmo do outro lado, talvez os jogos fossem diferentes.”
Referiu ainda o impacto da ausência de Tomás Paçó no desempenho defensivo:
“A ausência do Tomás Paçó é sempre um dado importante nesse aspeto, mas o Higor de Souza e o Jacaré fazem sempre muito tempo de jogo.”
Fez ainda uma comparação estatística que, segundo o técnico, evidencia desequilíbrios:
“O Zicky Té tem mais 15 faltas cometidas do que o pivô do Benfica, para aí. Acho que os jogos deviam ser mais leais, tal como o Diogo Santos e o Wesley Reinaldo defendem.”
Apesar das críticas, rejeitou que os fatores apontados sirvam de justificação para o resultado:
“Isso não serve de desculpa, podíamos ter ligado melhor.”
Tudo em aberto para a finalíssima
A final da Liga Placard decide-se no domingo, 29 de junho, às 19h00, em casa do Sporting. Com a série empatada, as duas equipas partem em igualdade real e psicológica para o último e decisivo jogo da época.