António Aires - Antevisão do jogo 5 da final da Liga Placard

FINAL – JOGO 5

Que época! 

Disputava-se no longínquo dia 23 de Dezembro de 2001, na nave de Alvalade o primeiro dérbi entre Sporting x Benfica, decorreram vários anos e este será o jogo 149 entre estes emblemas. Só esta época usufruímos de 8 jogos! Somos uns privilegiados!

Finalmente, vamos ter campeão. Seja em tons esverdeados ou encarnados. Será um campeão justo! Uma final que ficará na memória. Teremos um campeão que será penta campeão, ou um campeão que recupera o ceptro que foge desde a época de 2018/19.

Que posso dizer-vos? Dois grandes clubes. Um jogo onde as pulsações vão estar ao rubro, onde as vozes dos adeptos vão roncar e ecoar num pavilhão arrebentar pelas costuras e as pingas de suor se vão “esbardalhar” na quadra caindo do rosto dos atletas. Haverá lágrimas de alegria e de tristeza. Haverá glória para os vencedores e honra para os vencidos. 

Sobre o jogo em si. Não há segredos. Creio que o aspecto psicológico terá um peso substancial naquilo que será o desfecho final. A equipa mais forte e robusta nesta dimensão, com capacidade de se superar na audácia e na resiliência será a campeã nacional. Lucidez na gestão das faltas e do vídeo suporte pode ser um factor chave num jogo carregado de imprevisibilidade. Agarramo-nos alguns factos chegados a este momento do jogo 5: dezassete golos marcados pelo Sporting, seus intérpretes: Zicky cinco, Taynam quatro, Merlim dois, Rocha dois, Wesley dois, Tomás Paçó e Diogo Santos um golo. No Benfica treze golos marcados, atores Chishkala com cinco, Higor três, depois com um golo Arthur, Jacaré, André Coelho, Silvestre e Carlinhos. Chegados aqui, após 4 jogos, temos o leão em que o RX nos diz no concerne a algumas finalizações, cinco golos de contra-ataque, 35% golos Canto+Lateral, por sua vez, a águia tem apenas um golo contra-ataque, 54% dos golos de ataque organizado e três golos de Canto+Lateral. Neste conjunto de quatro jogos da final, tivemos o jogo empatado em 41% dos 180 minutos (50+40+40+50). Equilíbrio evidente. 

Sistemas de jogo: Nuno Dias e Cassiano revelaram muita plasticidade entre o 4:0 e o 3:1. Iremos ter de ambos os lados, o guarda-redes subido/aberto ou na construção organizacional ofensiva (superioridade) como até mesmo quiçá na transição. Os esquemas tácticos podem ser um factor decisivo no desfecho final, quer ofensivamente quer nos comportamentos defensivos (zonal, individual e misto).

Nuno Dias vai na 13.ª época no Sporting e pode somar o seu 10º título de campeão nacional. Desde 2012/2013, com 607 realizados 84% vitórias, 8% empates, 8% derrotas. Por sua vez, Cassiano Klein cumpre a 1.ª época no Benfica com 38 jogos efectuados 74% vitórias, 13% empates, 13% derrotas e pode alcançar o seu primeiro título em terras lusas.

O futsal português vive momentos históricos. E esta final ficará, sem dúvida, na memória como uma das mais densas e intensas. 

Este é o cenário. Revelo nostalgia por estar a chegar ao fim esta fantástica época desportiva. Entre uma miscelânea de dados e emoções editei esta ultima crónica “the “last dance” Fica uma palavra de agradecimento à equipa que dirige o melhor e o maior site na divulgação da modalidade que é a Zona Técnica e a todos que com quem partilhei ideias e opiniões na elaboração das antevisões dos jogas da liga Placard de futsal.

Para vocês que perdiam alguns minutos a ziguezaguear os olhos pelo que escrevi, obrigado!

Salte a bola.

Viva, o futsal