Luís Conceição: “O grande objetivo é chegar às medalhas”
Selecionador Nacional confiante e realista no Media Open Day que antecede o Campeonato do Mundo Feminino de Futsal
No Media Open Day realizado esta sexta-feira, no FPF Arena Portugal, o Selecionador Nacional Luís Conceição partilhou com os jornalistas a ambição, o planeamento e a visão com que Portugal se prepara para fazer história no primeiro Campeonato do Mundo Feminino de Futsal, que decorrerá entre 21 de novembro e 7 de dezembro, nas Filipinas.
“O grande objetivo é chegar às medalhas”, reafirmou o técnico, sublinhando que a Seleção Nacional está pronta para competir ao mais alto nível num torneio inédito que colocará frente a frente as melhores seleções do mundo.
Integrada no Grupo C, com Tanzânia, Japão e Nova Zelândia, a equipa portuguesa encara esta estreia com a confiança de quem tem evoluído de forma consistente nos últimos anos. Luís Conceição reconhece, contudo, que a tarefa será exigente:
“Sabemos que vai ser muito difícil, mas para os outros também será. Podemos ter uma palavrinha a dizer e vamos criar muitas dificuldades aos adversários.”
O Selecionador destacou a importância deste Mundial como uma oportunidade para o futsal feminino mostrar o seu valor e crescer globalmente:
“Vão estar seleções interessantes, com um bom nível, de forma a promover o futsal feminino. Nas Filipinas teremos a oportunidade de mostrar o valor de um grupo de atletas com qualidade e experiência.”
Questionado sobre os favoritos à conquista do título, Luís Conceição apontou Brasil e Espanha como as principais referências mundiais:
“O Brasil passou pelos torneios mundiais anteriores sem perder um jogo, e a Espanha, tricampeã europeia, é muito forte. Hoje as coisas estão bastante equilibradas entre Portugal e Espanha, e isso tem-nos ajudado a crescer.”
O técnico deixou também uma leitura sobre os restantes adversários: Japão, “uma seleção muito engraçada e organizada”; Tailândia, “em franca evolução”; Itália, “reforçada com talento brasileiro e capaz de criar dificuldades”; e Argentina, “entre as equipas mais fortes do torneio”.
Sobre a Tanzânia, rival de estreia no Mundial, Luís Conceição alertou para um estilo de jogo mais físico:
“A Tanzânia vai criar mais dificuldade, porque o jogo será mais aleatório, mais desorganizado. Vamos tentar aproveitar essas situações.”
Ao refletir sobre o processo de renovação da equipa, o Selecionador revelou a estratégia delineada após a final do Europeu de 2023:
“Depois da última final do Campeonato da Europa, olhámos para o futuro. Precisávamos renovar. Tínhamos muita gente acima dos 30 anos, e agora temos um misto de juventude com duas ou três atletas mais experientes. Esta geração tem muita qualidade e merecia a oportunidade de crescer connosco.”
Sem esquecer quem ajudou a construir o caminho até este momento, Luís Conceição deixou uma palavra de respeito para as referências do futsal feminino português:
“A Inês [Fernandes], a Cátia [Morgado], a Sara [Ferreira], a Carla [Vanessa], a Pisko, que já deixou, e a própria Naty foram a imagem do nosso futsal feminino. Felizmente, algumas ainda estão connosco. Isto partiu de uma base, e agora é o momento de continuar a escrever história.”
Com serenidade e convicção, o Selecionador Nacional fechou o encontro com uma mensagem clara: Portugal vai às Filipinas para competir, acreditar e lutar por um lugar entre as melhores.
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