Portugal enfrenta Japão no duelo decisivo do Grupo C: Luís Conceição quer garantir já o apuramento
A Seleção Nacional A Feminina de Futsal volta à quadra esta quarta-feira para defrontar o Japão, naquele que é considerado por Luís Conceição o adversário “mais difícil” do Grupo C do primeiro Campeonato do Mundo Feminino, a decorrer nas Filipinas. O encontro disputa-se às 07h30 (hora de Lisboa), no PhilSports Arena, em Pasig, e pode já assegurar a presença de Portugal nos quartos-de-final.
Depois da goleada na estreia frente à Tanzânia (10-0), o Selecionador Nacional alertou para um desafio de exigência completamente diferente. “Sabíamos da importância deste jogo para garantirmos o apuramento. É assim que o vamos encarar, para fecharmos já a qualificação ao segundo jogo”, afirmou na antevisão.
Luís Conceição sublinhou a enorme diferença entre as duas primeiras adversárias e destacou a qualidade e variedade tática japonesa. “São adversários completamente diferentes. A Tanzânia é passado. Quanto ao Japão, é das seleções mais fortes que temos visto nos últimos anos. Têm grande variabilidade nos esquemas táticos, sobretudo ofensivos, e adaptam-se muito bem ao jogo”, analisou.
O Selecionador destacou, em particular, a forma como o Japão explora bolas paradas, movimentações interiores e soluções alternativas perante os diferentes momentos do jogo. “O perigo pode vir mais dessa capacidade de adaptação. Temos de estar muito bem preparados nesses momentos, junto da nossa baliza.”
Apesar das virtudes do adversário, Luís Conceição reforçou que Portugal tem de se manter fiel ao seu ADN competitivo. “Temos de competir à séria, não as deixar respirar, ser extremamente agressivos com e sem bola. Se nos mantivermos fiéis ao que somos, levamos o jogo para onde queremos e saímos satisfeitos.”
Com três pontos, Portugal entra para este encontro com o mesmo registo do Japão, que venceu a Nova Zelândia por 6-0. Em caso de vitória lusa, a passagem aos quartos-de-final fica imediatamente assegurada. Quanto ao primeiro lugar, Luís Conceição admitiu que só uma “hecatombe” impediria Portugal de terminar no topo. O último jogo do grupo está marcado para sábado, diante da Nova Zelândia.
Ao décimo dia em Manila, o Selecionador descreveu uma experiência intensa e singular. Falou das exigências de adaptação ao calor, trânsito e ritmo da cidade, mas elogiou o comportamento das jogadoras. “Temos de ajustar algo todos os dias, porque é difícil prever o que vem a seguir. Mas tem sido fantástico.”
Sobre a estreia no Mundial, não escondeu o impacto emocional do momento. “Foram emoções muito fortes. Cada uma viveu à sua maneira. Depois a bola começou a rolar, os golos apareceram, e agora já passou. São momentos que ficam gravados para sempre.” A mensagem final foi clara: “É desfrutar ao máximo.”