Identidades em Confronto: O Olhar de Pedro Nobre Sobre o Portugal–Itália



Pedro Nobre, treinador do Futsal Feminino do Torreense, um dos mais titulados e experientes treinadores do panorama feminino nacional, fez, em exclusivo para a Zona Técnica a antevisão do jogo entre Portugal - Itália, para os quartos de final do Mundial de Futsal Feminino. 

Prevejo um jogo extremamente equilibrado entre duas grandes seleções, embora com abordagens distintas. 


A Itália apresenta-se como uma seleção muito experiente e com enorme qualidade individual em todas as posições, especialmente no setor ofensivo com Renatinha, Boutimah e Rafa Pato. Rafa Pato, apesar de aparentar algumas limitações físicas e de não estar no seu auge (só teve maior utilização contra o Irão), continua a ser a referência para o jogo direto italiano, destacando-se como uma pivô posicional que roda bem para ambos os lados. 

Acredito que a equipa italiana apostará muito nas ações individuais, confiando no poder de decisão de Renatinha, mas sem esquecer outras soluções perigosas como Gaby Vanelli, uma atleta com uma finalização fácil e potente


Na minha opinião, a maior fragilidade italiana reside na transição defensiva. A recuperação e a reação à perda de bola não são ideais, pois as jogadoras mais ofensivas sentem dificuldades nesse momento — algo que o Irão explorou bastante no jogo anterior.

Este fator pode ser chave: como Portugal tem atletas muito rápidas, podemos aproveitar essa exposição do adversário


Por seu lado, Portugal, embora não tenha enfrentado adversários do calibre do Brasil ou do Irão nesta fase, mostrou uma dinâmica de jogo sólida e grande competência defensiva. Ofensivamente, a variabilidade e execução nas bolas paradas podem ser decisivas. Além disso, a gestão do esforço permitiu uma maior rotação face ao grau de dificuldade dos jogos anteriores, ainda que o intervalo de 72 horas não coloque a Itália em desvantagem física significativa. 

Pontos-chave a observar: quem ficará responsável pela marcação às pivots italianas e a gestão da rotação lusa, que prevejo ser mais curta (provavelmente rodando apenas dois quartetos). 

Apesar de termos vencido a Itália recentemente, este é um jogo a eliminar, com características únicas, e acredito que será decidido nos detalhes


Espero, naturalmente, que Portugal siga em frente e continuemos a fazer história no futsal feminino mundial.




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