Barreto brilha e equipa do Médio Tejo sobe ao 4.º lugar
O SC Ferreira do Zêzere/ZêzereOvo venceu o Rio Ave FC por 5-3, num jogo cheio de intensidade, golos e bolas nos ferros.
No Pavilhão Municipal de Ferreira do Zêzere, a equipa de Cristiano Coelho voltou a mostrar força em casa e consolidou a sua presença no top-5 da Liga Placard. Já o Rio Ave, que vinha em excelente forma, sofre um travão duro depois de uma série de jogos de enorme qualidade.
O jogo começou a um ritmo altíssimo. Logo aos 3’, após canto curto batido por Chico Oliveira, Rafael Silva rematou cruzado e Rui Fortes apareceu ao segundo poste para empurrar, fazendo o 1-0 numa jogada de ataque simples mas eficaz. O Rio Ave tentou responder de imediato e, aos 5’, Octávio Alves apareceu sozinho na cara de Moreira, mas o guarda-redes vilacondense defendeu com a cara, segurando a equipa no jogo.
O Ferreira do Zêzere mantinha-se mais perigoso e, aos 10’, Barreto roubou a bola e lançou Jô Mahrez, que obrigou Moreira a nova defesa decisiva. Pouco depois, aos 10’, chegou mesmo o 2-0: jogada bem trabalhada no 2x2, Mahrez soltou para Barreto e o ala finalizou com classe à saída do guardião visitante. Era a confirmação da entrada fortíssima da equipa da casa.
A partir daqui, instalou-se o caos ofensivo. Aos 13’, Barreto acertou no poste; segundos depois, Octávio Júniordesperdiçou uma ocasião de baliza aberta; aos 15’, Rodrigo Monteiro protagonizou uma rotação fantástica, mas voltou a encontrar Moreira no caminho. Do lado contrário, o Rio Ave também criava perigo: Pedro Rodrigues falhou por pouco e aos 17’ surgiu a grande oportunidade — grande penalidade a favor do Rio Ave, após falta de Kaká sobre Tiago Torres.
Chamado a marcar, Tiago Cruz atirou uma bomba… à barra.
O Rio Ave reagiu bem ao desperdício e teve ainda duas chances nos segundos seguintes, mas Pedro Martinho negou o 2-1. O Ferreira respondeu antes do intervalo, primeiro com Jó Mahrez a falhar isolado, depois com novo remate ao poste, num final de primeira parte verdadeiramente elétrico. O descanso chegou com 2-0 num jogo que já podia perfeitamente ter quatro ou cinco golos.
A segunda parte começou com o mesmo ritmo frenético. Sérgio Costa testou Martinho duas vezes, e Rúben Góisvoltou a isolar-se para nova defesa monumental do guarda-redes da casa. Mas aos 24’, o jogo voltou a mudar: Barreto, numa recuperação de bola e corrida imparável, rematou cruzado de longe e assinou o 3-0, num golo de extraordinária execução.
O Rio Ave entrou em desespero ofensivo e subiu linhas, mas o Ferreira continuava em modo clínico. Aos 33’, após remate de Octávio Alves e defesa incompleta de Moreira, Barreto apareceu para confirmar o hat-trick e fazer o 4-1, numa tarde de inspiração absoluta do ala português.
Pouco depois, aos 34’, Chico Oliveira arriscou lance individual, tirou Tiago Torres da jogada e disparou de fora da área para um golaço — 5-1 e explosão nas bancadas.
Com o jogo aparentemente decidido, o Rio Ave recorreu ao 5x4 com Serginho como guarda-redes avançado. E foi aí que surgiram dois golos consecutivos: aos 35’, Daniel Sodré desviou para a própria baliza, fazendo o 5-2, quando Rúben Góis tentava colocar a bola no fundo em Tiago Cruz aos 36’, Dinis recupera a bola no seu meio terreno a bola sobra para Cigano que tenta colocar a bola da direita para o segundo postem mas terminou com toque final de Chico… infelizmente para a sua própria baliza, reduzindo para 5-3.
A reta final foi de pura tensão, com ambos os conjuntos a jogar no limite. Houve ainda tentativas de Cigano, Rúben Góis e Barreto, mas o marcador não se mexeu mais.
Foi um jogo absolutamente vibrante, daqueles que mostram o melhor da Liga Placard. O Ferreira do Zêzere venceu por mérito, eficácia e um inspirado Barreto, decisivo com três golos e envolvimento direto noutros lances perigosos. O Rio Ave lutou, criou, pressionou, desperdiçou uma grande penalidade e até reduziu em 5x4, mas pagou caro os erros defensivos e a menor frieza no momento da finalização.
A equipa do Médio Tejo sobe ao 4.º lugar e reforça a candidatura ao top-5. O Rio Ave mantém-se bem posicionado, mas sai com a sensação de que podia ter pontuado.