Ferrão: “Todos nós na equipa sabemos o peso que a camisola do Barcelona tem”



Carlos Vagner Gularte Filho, mais conhecido por Ferrão é o camisola 11 do FC Barcelona/LASSA. Cumpre atualmente a sua 4ª temporada ao serviço do clube catalão tendo-se transferido do Tyumen da Rússia. Nos dias de hoje é dos melhores pivôs do mundo e, por muitos, o melhor da sua posição. Natural de Chapecó, no estado de Santa Catarina (Brasil), Ferrão leva já 34 golos marcados em 34 jogos disputados e divididos pelo campeonato nacional espanhol (LNFS), Copa do Rei, Copa de Espanha e UEFA Futsal Cup.

“Chamo-me Ferrão por causa do meu pai, porque também ele jogava futebol e o chamavam de Ferrão e quando nasci, chamavam-me de Ferrãozinho. Agora que cresci sou eu o Ferrão e ele o Ferrãozinho”, começou por dizer numa entrevista exclusiva e bem-disposta ao nosso site.

No Brasil começou a dar os primeiros passos no desporto. dividindo o seu tempo entre a quadra e o relvado desde tenra idade: “muito novo. Comecei a jogar futsal desde os 7 anos de idade - desde as categorias de base da minha cidade -, sempre gostei do futsal e assim começou a minha trajetória”. Entre Joinville, Atlântico e Cortiana, vários foram os golos apontados e tantas outras assistências para golo feitas, quer no futsal ou no futebol, Ferrão “quando era criança treinava futebol e futsal mas acho que por ser mais dinâmico eu sempre fui mais virado para o futsal -  sempre gostei mais do futsal por haver muito mais contato com a bola. Desde pequeno que começou esta paixão e chegou uma altura em que tive de escolher e a escolha foi o futsal, porque a minha vontade de jogar futsal era muito maior que a de jogar futsal”, afirmou entre sorrisos nostálgicos.

No futsal, a posição de pivô é muito específica - requer trabalho e treino diferentes e aptidões especiais. São essas referências técnico-táticas que fazem de Ferrão uma das maiores referências mundiais nesta posição concreta do campo: “eu acho que cada jogador tem as suas características – há jogadores que são mais defensivos, há jogadores que são mais ofensivos. Eu desde criança fui sempre puxado para a parte mais ofensiva mas os golos acho que são um trabalho de toda a equipa, não só meu – um defende para a bola poder chegar à frente, outro passa, entre outros movimentos e acho que os golos são o trabalho de todos mas fico contente por poder marca-los, sempre com muito trabalho e a procurar melhorar a cada treino para estar melhor”, referiu o internacional brasileiro.

 Esta será a segunda final four do chapecoense ao serviço da formação de Barcelona e na sua entrevista recordou a fase final de 2015 em Lisboa, organizada pelo Sporting CP no MEO Arena (hoje, Altice Arena) onde “ perdemos a final para o Kairat por 3-2. Nós sabemos que este tipo de jogos resumem-se nos pequenos detalhes e essa final foi resolvida nesses pormenores. Nesse ano não conseguimos o título mas esta época vamos lutar com unhas e dentes para trazer o título para Barcelona”.

Desde 2014/15 na Catalunha, Ferrão não teve dúvidas ao dizer que o adversário das meias (Movistar Inter FS) é “uma equipa muito completa em todos os sentidos – é o atual campeão da Europa e de Espanha e será uma partida decidida nos pequenos detalhes. Para podermos ganhar, temos de estar atentos os 40 minutos e falhar o menos possível – a equipa que falhar menos vencerá a eliminatória. Acho que o Movistar Inter é muito bom coletivamente – claro que também grandes individualidades como o Ricardinho ou o Gadeia, para mim os mais destacados do Movistar Inter, mas sem qualquer dúvida que todos eles têm muita qualidade e o jogo coletivo do adversário é muito perigoso”, disse em modo de antevisão do jogo que coloca frente a frente dois dos maiores colossos mundiais.

No final, Ferrão salientou o “privilégio e a responsabilidade de representar o melhor clube do mundo” e destacou também que “todos nós na equipa sabemos o peso que a camisola do Barcelona tem – é uma responsabilidade à parte, porque estamos a lutar sempre por títulos e por estar entre os melhores”, finalizando assim a entrevista com uma das figuras que promete ser destaque em Saragoça.

Recorde-se que o FC Barcelona defrontará o Movistar Inter FS de Ricardinho esta sexta-feira às 20 horas portuguesas, numa partida que dará o acesso à final, onde na altura estará Sporting CP ou os húngaros do Gyor que se defrontam às 18 em Lisboa.



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